A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de outubro, o Brasil adotará a bandeira tarifária vermelha – patamar 2, resultando em um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, devido à escassez de chuvas e temperaturas elevadas. Essa mudança eleva a atenção para a energia solar, que se mostra uma alternativa eficiente e econômica.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração distribuída com sistemas fotovoltaicos pode economizar mais de R$ 84,9 bilhões nas contas de luz dos brasileiros até 2031. Em maio, a capacidade instalada de energia solar no Brasil ultrapassou 29 gigawatts (GW), beneficiando mais de 3,7 milhões de consumidores. A demanda por sistemas fotovoltaicos deve aumentar em cerca de 20% devido às oscilações nas tarifas e ao maior acesso ao crédito.
As inovações em tecnologias de armazenamento, como baterias de íon de lítio, e as promessas de novas soluções, como baterias de fluxo e sódio-níquel-cloreto, tornam o investimento em energia solar ainda mais atrativo. A regulamentação do fornecimento de energia solar por assinatura, iniciada em 2015, também contribuiu para o crescimento da energia fotovoltaica no Brasil, com o número de usinas de geração compartilhada saltando de 1,9 mil em 2021 para 7,7 mil em 2023.
Iniciativas como o Plano Safra 2023-2024, que prevê R$ 364 bilhões em investimentos no agro para práticas ecológicas e financiamento de usinas fotovoltaicas, também estão em andamento. Essas mobilizações são cruciais para o avanço do setor solar, promovendo economia, independência energética e sustentabilidade no Brasil.