O Brasil superou a marca de 4 milhões de consumidores beneficiados pela energia solar na modalidade de geração distribuída (GD), que permite a produção própria de eletricidade. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgados pelo Portal Solar, o país conta com 2,8 milhões de sistemas fotovoltaicos e uma potência operacional de 31,2 GW.
A maioria dos consumidores de GD solar é composta por residências, totalizando 2,8 milhões de unidades. Em menor número estão as instalações comerciais (290 mil), rurais (242 mil) e industriais (42 mil). Minas Gerais lidera o número de clientes com 693 mil, seguido por São Paulo (547 mil), Rio Grande do Sul (427 mil), Paraná (324 mil) e Bahia (230 mil).
Em 2024, o mercado de energia solar no Brasil adicionou 457 mil novos sistemas, atendendo 576 mil novas unidades consumidoras e elevando a capacidade instalada para 4,9 GW. O setor de GD solar já acumulou R$ 150,3 bilhões em investimentos e gerou mais de 931 mil empregos desde 2012, além de contribuir com mais de R$ 44,7 bilhões em arrecadação pública.
A tecnologia fotovoltaica está presente em 5.550 municípios e todos os estados brasileiros. Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, destaca que a queda de cerca de 50% no preço dos painéis solares em 2023 aumentou a acessibilidade e a atratividade da tecnologia. Ele ressalta que este é um ótimo momento para investir em energia solar, dado o enorme potencial de crescimento, já que o Brasil possui aproximadamente 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica.
Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, afirma que o avanço da geração própria de energia solar coloca o Brasil em uma posição de destaque na transição energética global. A energia solar contribui para a sustentabilidade, reduzindo o uso de infraestrutura de transmissão, aliviando a pressão sobre recursos hídricos, diminuindo perdas elétricas e promovendo maior autonomia e escolha para os consumidores, além de reduzir emissões de poluentes e gases de efeito estufa.