A Mina de Diamantes Diavik, localizada nos Territórios do Noroeste, no Canadá, está quebrando recordes ao gerar 4,2 milhões de quilowatts-hora (kWh) de energia solar anualmente. De propriedade da gigante mineradora Rio Tinto, a mina não se destaca apenas pela sua produção de diamantes, mas também pelo seu compromisso com a sustentabilidade.
A instalação solar, a maior do tipo no Canadá, reflete a crescente tendência das indústrias em adotar práticas mais ecológicas. O projeto de energia solar da Diavik não só reduz os custos operacionais, mas também contribui para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE), um passo crucial no combate às mudanças climáticas.
Além disso, a usina solar permite que a Diavik reduza o consumo de diesel — um recurso poluente — em 1 milhão de litros por ano, gerando uma economia significativa em custos e reduzindo o impacto ambiental.
Esse avanço será especialmente relevante durante o fechamento da mina, previsto para o final de 2026, quando as operações serão gradualmente encerradas. Nesse período, a usina solar fornecerá até 25% da eletricidade necessária para as atividades da mina, utilizando tanto a luz solar direta quanto a refletida pela neve.
O projeto solar da Diavik é um marco no setor de mineração e possui grande importância para as comunidades locais e para a indústria como um todo. A redução das emissões de gases de efeito estufa será equivalente à retirada de 630 carros das ruas a cada ano.
Além disso, o projeto recebeu apoio financeiro do governo dos Territórios do Noroeste, que investiu CAD 3,3 milhões (aproximadamente US$ 2,4 milhões).
Matthew Breen, diretor de operações da Diavik, ressaltou a importância da usina solar não só para a sustentabilidade, mas também para a eficiência energética das operações da mina. Ele afirmou: “Estamos orgulhosos de liderar o caminho para projetos de energia renovável em larga escala no Norte do Canadá.”
A Mina de Diamantes Diavik é uma joint venture entre a Rio Tinto e a Dominion Diamond Diavik Limited Partnership. Localizada a 300 km a nordeste de Yellowknife, a mina começou a operar em janeiro de 2003, após a construção dos primeiros tubos de kimberlito. Ao longo dos anos, tornou-se uma das maiores produtoras de diamantes do mundo, com uma contribuição significativa para a economia local.
Entretanto, a mina está se aproximando do fim de sua vida útil, previsto para 2026, com o fechamento completo planejado para até 2029. Embora isso marque o fim das operações, a usina solar continuará gerando energia por vários anos após o fechamento, ajudando a cumprir as obrigações ambientais da mina.